Eu já fui a pessoa que pensou: “ter filhos é matar a si mesma”…
A gente mata as nossas vontades;
Mata a nossa total liberdade;
Mata os nossos desejos.
Hoje estamos com visita em casa,
Nossa programação era passear no shopping e ter um tempo em família.
Não deu.
Todos os outros foram, nós ficamos.
Já tenho idade e experiência o suficiente pra saber quando as coisas sairão dentro do esperado, e quando não sairão.
Sair com criança é uma caixinha de surpresa (principalmente uma criança atípica), mas chega uma hora que a gente consegue prever essas “surpresas” de uma forma clara e cristalina.
Fiquei.
Eu e meus dois.
“Matei” a mim mesma, a minha vontade, a minha liberdade, o meu desejo.
Mas EU escolhi.
Eu escolhi me abrir para tê-los;
Eu escolhi mantê-los;
Eu escolhi criá-los.
E mais que tudo, eu escolhi amá-los e dar a minha vida por eles.
Assim como foi-me dada um dia.
Eu escolhi ficar em casa pra não lidar com situações desgastante que poderiam aparecer.
Eu escolhi a paz em detrimento do meu desejo, da minha vontade.
A liberdade sempre foi minha, e nunca me foi tirada.
Eu não ouvi de ninguém “você é mãe, não pode vir aqui”.
Eu não fui porque coloquei na minha balança o que mais pesava.
Filhos nos lapidam.
A gente só precisa nos deixar lapidar.
Aprendi a ver o copo quase cheio.
Aprendi a me contentar com o que, de fato,
importa.
E eu só posso agradecer.
“Ter filhos mata a nós mesma” quando somos imaturas a ponto de não enxergar a grandeza que é tê-los.
Nunca esteve tão viva.
#maternidade #filhos
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